Localizado em uma unidade de conservação estadual, o Parque Caminhos do Mar oferece o roteiro ecocultural que percorre a pé a Estrada Velha de Santos (SP – 148) em meio a exuberante Mata Atlântica. Além do apelo ecoturístico, o passeio é um programa histórico-cultural. Em seu percurso, vários monumentos e construções, alguns datados do centenário da Independência do Brasil, em 1922, reconstituem a importância deste caminho na história da interligação entre o litoral e o planalto paulista.
É possível acessar o trajeto, de 9,2 km de extensão (ida e volta 18,4 km), tanto por São Bernardo do Campo – município do ABC Paulista – quanto por Cubatão, na Baixada Santista. Os monumentos históricos existentes na via são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Trechos da Calçada do Lorena, primeiro caminho pavimentado com pedras a ligar o litoral ao planalto paulista, inaugurado em 1792, também estão abertos ao público.
Funcionamento: terça a domingo
Horário: ENTRADA às 9 horas (tolerância de entrada até às 9h30) e SAÍDA nos portais até as 16 horas.
Agendamento de visita (obrigatório): Pelo telefone (13) 3372-3307 ou pelo e-mail
caminhosdomar@energiaesaneamento.org.br.
Acesso:
Por São Bernardo do Campo – Rodovia SP-148, estrada Caminho do Mar, km 42
Por Cubatão – Rodovia SP-148, estrada Caminho do Mar, km 51, junto à Refinaria Presidente Bernardes.
Recomendações: Usar roupas e calçados confortáveis, repelente e boné, protetor solar, capa de chuva, saquinho para lixo. Levar lanches e água. Proibida a entrada de animais domésticos, bicicletas, skate, motos e rolimã. Proibido o consumo de bebidas alcoólicas.
Tempo médio de visitação: o roteiro completo (ida e volta) é percorrido, em média, em torno de seis horas.
Idealização: EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia
Gestão: Fundação Energia e Saneamento
Interveniência: Departamento de Estradas de Rodagem (DER)
Monumentos Históricos
O Parque Caminhos do Mar está dentro de uma Unidade de Conservação Estadual tombada pela Unesco e reconhecida como Patrimônio da Humanidade. Do caminho, é possível contemplar a vista do litoral e da Usina Hidrelétrica de Henry Borden, além de vários monumentos históricos, alguns construídos em alusão ao centenário da independência na gestão do governador Washington Luís (1920- 1924). Conheça um pouco sobre cada monumento:
Casa de Visitas do Alto da Serra – bem tombado
Construída em 1926, era usada para hospedar visitantes que vinham conhecer as obras do Alto da Serra e da Usina de Cubatão, atual Henry Borden. Atualmente a casa é um centro de apoio ao visitante e abriga exposição sobre a Usina Henry Borden.
Pouso Paranapiacaba
Construção em alvenaria de pedra, tijolos e elementos de granito lavrado e circundado por varandas, integra-se completamente à paisagem. Como homenagem a era automobilística, possui painel de azulejos pintados, retratando mapa do Estado de São Paulo e as estradas existente na época. Era um antigo ponto de parada de carros durante a viagem entre Santos e São Paulo. Paranapiacaba, em tupi, significa “local de onde se vê o mar”.
Ruínas do Pouso
Ruínas em alvenaria de pedra da casa que, supõe-se, abrigou funcionários e trabalhadores durante a construção dos Monumentos da Serra, no km 44,5 do “Caminhos do Mar”.
Belvedere Circular
Situada no primeiro cruzamento da Calçada do Lorena com a estrada o Caminho do Mar, km 46, a construção em alvenaria de pedras e tijolos do Belvedere Circular, ou “Pouso Circular”, era outro ponto de parada e mirante da paisagem local no trajeto da Serra.
Rancho da Maioridade
Ponto de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos no km 47, seu nome é alusivo a Estrada da Maioridade, construída entre 1841 e 1846. Um painel de azulejos ilustra a subida da Serra por figuras políticas ilustres do século XIX.
Padrão do Lorena
Construído em homenagem a Bernardo José Maria de Lorena, governador-geral da extinta Capitania de São Paulo, no km 47,2. O memorial contempla um medalhão em azulejos retratando Bernardo de Lorena. Os painéis de azulejaria laterais ilustram cenas do século XVIII, como tropeiros e mulas carregando mercadorias.
Pontilhão da Raiz da Serra
Originalmente marcava o início da subida da Serra. Localizado no km 51, possui placa comemorativa sobre a finalização da pavimentação em concreto da estrada Caminho do Mar, em 1925, no governo de Carlos de Campos.
Cruzeiro Quinhentista
Marca a chegada do portugueses no litoral vicentino e as primeiras vias de ligação entre este e o planalto paulista.